segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Lendo John Stott...

Um ateu, certa vez afirmou:

“A sociedade brasileira é, em sua maioria, cristã por causa da colonização europeia, que instituiu o cristianismo como religião oficial.”.

Ok. Do ponto de vista histórico, não podemos contestar a veracidade dessa fala. Mas é perfeitamente possível confirmar que a historicidade do cristianismo, na vida de um cristão convicto é só a ponta do iceberg.

O dia mais inesquecível da minha vida não é outro, senão o dia da minha conversão! “Misteriosamente”, não havia europeus por perto. Mas o Espírito Santo de Deus desceu! Me refez de dentro para fora, e eu fui, em questão de minutos, transformada.

A maior influência que me sobreveio naquele dia, não veio de um povo, de um fato histórico incontestável como a colonização, e também não partiu de uma ideologia qualquer. O que aconteceu comigo foi uma imersão mútua: eu no Espírito Santo, o Espírito Santo em mim!

Lendo John Stott – “Por Que Sou Cristão”, ainda nas primeiras linhas, me veio essa inspiração:

Não sou propriedade exclusiva de Cristo por causa da colonização; devo repetir - na maior e mais linda experiência que já vivenciei, esse importante fato histórico não se apresentou -, mas a minha fé foi racionalmente escolhida por mim, porque descobri que não há outro por quem eu deva viver, e para quem valha a pena morrer; não há outro por quem importa sofrer, senão o meu Senhor, Cristo Jesus.

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Deus... Sempre além da ciência!

"300" - Juízes 7

Situações ruins também veem de Deus. 

É difícil entender. É no mínimo, desconfortável acreditar nisso, mas é verdade.

Deus tem Seus métodos, que são absolutamente diferentes dos nossos e, nem de longe, tenho a pretensão de enumerá-los aqui. Sei que boa parte da essência de Deus é mistério para os homens. Mistério que só será revelado no reino eterno que está sendo preparado para nós, servos dEle. 

Gideão estava diante de uma batalha, o que já é suficientemente alarmante. Mas Deus tinha uma instrução para ele além da ordem de guerra: que seja menor o número de soldados! “Como? Isso é sério? Eu me proponho a lutar, reúno minhas tropas sabendo que os que vêm contra mim são tão numerosos como as areias do mar e de repente me é orientado a abrir mão de recursos? Se já era difícil antes... E agora? Perdi, numa só seleção, 22 mil homens!” – poderia dizer Gideão. 

Como seria ver se afastar aquela multidão, voltando para as tendas, descendo de Gileade, sendo impedidos de lutar? O homem confia no homem. É como ver sua força diminuir verem-se em menor número! Mas quanto ao propósito desse método, Deus escolheu revelar: “vaidade, vaidade, tudo é vaidade”! 

Se Deus nos abençoa a partir de muitos recursos, em meio ricas possibilidades, Ele disse que vamos reter a glória em nosso coração. Orgulhar nosso ego e não reconhecer a força do Seu poder. Por isso, os que restaram, ainda foram muitos, pela ótica de Deus: “que seja o número ainda menor”! 

Mais uma seleção, menos 9.700 guerreiros: restava a Gideão, 300. 

Sem armas, sem lanças, permaneceram de forma simplesmente maravilhosa diante de um exército incontável de homens! O barulho do céu, a estratégia de Deus e a coragem de poucos vencem batalhas! 

Que Deus nos faça entender Seus propósitos, aceitar Seus artifícios e cumprir Suas missões - que mesmo sendo um, tenhamos a coragem de 300!

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Conversão: todo dia.

Com o tempo a gente aprende que mudar é a chave mestra. Se deixar moldar pelas circunstâncias, aprender e crescer.

Com o tempo a gente aprende que voltar atrás e reconhecer os equívocos é muito mais válido do que pode parecer, e faz toda a diferença nos nossos relacionamentos. Aprendi, inclusive, que nunca é tarde demais para praticar isso.

As pessoas raramente vão acreditar em nossa intenção de ser melhor. Mas, porque se importar com nosso nível de credibilidade? Devemos nos importar com as sementes que plantamos e pedirmos a Deus que esteja regando-as. A partir daí é só colher os frutos.

Mudar não significa esquecer de onde Deus nos tirou. Ao contrário, é ter em mente o que fomos reconhecendo que não estávamos ainda maduros o bastante para refletir sobre nossas escolhas, e usar nosso passado, junto com os erros que ficaram nele como motivação para mudarmos de forma gradativa e significativa.


Quando reconhecemos as quedas, quando olhamos para dentro de nós mesmos, quando rebaixamos nosso ego e mudamos de direção quanto aos nossos impulsos, ficamos mais perto de Deus e somos mais abençoados por Ele.

sábado, 12 de abril de 2014

Isaías Sobre a Espera

"Mas os que esperam no Senhor renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão." Isaías 40:31

Esperar em Deus pelo que quer que seja, mesmo uma simples resposta, nos faz refletir a respeito daquilo pelo qual estamos esperando. Não se queremos, realmente, o que pedimos, mas até que ponto aquilo será benéfico para nossa vida futura. Se trata de uma reflexão a longo prazo.

O passar do tempo, o silêncio de Deus e nosso crescimento e aprendizados pessoal nos leva a uma "dimensão de nós mesmos" que vai além do que temos como necessidade até então. O verso acima não afirma que vamos alcançar o que pretendemos em Deus, seja materialmente falando ou não; mas afirma que independente do alvo que traçamos, se esperamos nEle estaremos fortes sempre! Uma vez que, se nos sentimos fracos é porque nossa esperança mudou de foco.

E ainda, posso aqui trazer a velha analogia que a Bíblia faz de nós com as águias - velha, porém sempre válida e eficaz. A águia se destrói para se reconstruir! Chega o momento em que ela reconhece que seu velho bico e as velhas e usadas garras já não atendem mais às suas necessidades de sobrevivência: é preciso "deixar ir"... Mesmo que doa, é necessário que se abra mão do que é velho em nós para que coisas boas e novas nos invadam. Garras novas e fortes e um bico também renovado e estável são dados à águia que tem coragem de se machucar na perda, para então ser radicalmente recompensada!

No nosso caso, subir com asas como águias, apesar de soar poético, se mostra como um grande desafio que nem sempre estamos dispostos a, sequer, almejar. Mas, se o verso diz que há força na espera e que podemos "correr" sem nos cansar, o "centro" não deve estar em nós e nas nossas fraquezas, mas sim em quem se espera.

Entregar a Deus nossas expectativas e descansar, certos de que Sua força vai conosco até o fim se renovando no nosso espírito, nos permite enxergar com mais suavidade a ideia de restauração da águia e nunca, jamais, em hipótese alguma, nos deixar esmorecer.